Your choice...

Eu acabei me perdendo no meio dos seus devaneios. Eu realmente queria que você me escolhesse, mas no fundo, sempre soube que era ela que te faria feliz. Afinal, ela é escrível e eu reconheço isso como nunca reconheceria em nenhuma outra mulher que me roubasse o lugar. Ela te agrada, te faz bem, te tira do sério, te tira o tédio e você ama isso. Ah, mas que droga! Como eu queria ser tão incrível quanto ela...
Eu queria te contar meus medos, desvendar seus segredos, te mostrar que eu posso ser incrível também, e maravilhosa, e posso muito bem cuidar de você.
Você veio até mim, tão doce, inteligente e decidido, mas as circunstâncias e o tempo te fizeram fazer escolhas... E eu entendo mesmo não entendendo, ou melhor, eu não entendo mas finjo que entendo. É que eu não sou tão compreensível quanto pareço ser... E eu fico louca quando fico ou me sinto fora do controle.

Mas é que, poxa vida! Eu gosto de você da mesma maneira que um beija-flor gosta de flor. Eu não vou fingir estar feliz por ver você feliz, e também não vou fingir ser compreensível porque eu não sou, porque eu fico completamente e absolutamente louca quando não consigo o que quero, quando me sinto desprotegida ou ameaçada.
Você quis dividir comigo a sua história, mas é que quando você chegou eu estava em escassez de folhas, então você não pode escrever em mim, daí procurou folhas em outra pessoa... E achou. (E decidiu fazer dela a mais incrível de todas as histórias.)

E eu continuo essa louca, possessiva e imatura mulher. Não consigo aceitar espaços pequenos que não podem ser divididos em dois, nem conceder espaços que exigem demais ou mais de mim. Eu não consigo! E às vezes, essa incapacidade me rouba a melhor parte da história e da descoberta... E me deixa assim, tão nula, tão vazia.

Mas é que eu não queria que você tivesse desistido de mim tão cedo. Eu queria que você tivesse tentado mais, e aguentado todas as minhas manias, defeitos e todo o meu egoísto surreal...

Inspirado no quinto episódio da segunda temporada de Grey's Anatomy.